O governador Flávio Dino (PCdoB) negou hoje (19), durante entrevista coletiva, que o Governo d Estado tenha cometido qualquer irregularidade nas tentativas de compra de respiradores via Consórcio Nordeste.

Foram duas negociações, ambas frustradas. Na primeira, o Maranhão pagou R$ 4,9 milhões por 30 respiradores que nunca chegaram Esse dinheiro nunca foi devolvido (reveja). Na segunda, o governo pagou R$ 4,3 milhões, também não recebeu os respiradores – seriam 40 -, mas diz que foi ressarcido dos valores pelo consórcio (relembre).

Para Flávio Dino, não há qualquer responsabilidade da sua gestão nas malfadadas operações.

“Isto aconteceu com outros estados, como São Paulo, e o próprio governo federal. Portanto, o Consórcio [Nordeste] foi vítima do descumprimento de dois contratos. Lembremos que não havia oferta de respiradores no Brasil, os governos estaduais foram abandonados à sua própria sorte, o governo federal disse ‘se virem’, e nós tivemos que buscar respiradores em qualquer país do planeta. Os fabricantes brasileiros não tinham oferta“, afirmou.

Sem citar o deputado Welington do Curso (PSDB) – que tem feito reiteradas denúncias sobre a responsabilização do Estado do Maranhão no caso (leia mais) – o comunista acusou o tucano de “distorção criminosa”.

“Há uma distorção criminosa, como se o Maranhão fosse autor de algo errado. Não somos. Somos vítimas de um descumprimento de um contrato celebrado do Consórcio [Nordeste] com empresas. Foram dois contratos. Há informações criminosas circulando na internet de gente que não tem coragem, que inclusive se esconde atrás da imunidade parlamentar para mentir, e que ignoram os esclarecimentos que já foram feitos”, acrescentou.

E completou: “Nada, rigorosamente nada. Há meses e meses procuram um escândalo e não acham, nem acharão. Podem continuar a procurar, como procuram há cinco anos, desde que eu sou governador. Procuram e não acham. Inventam, e não dá em nada”.



Gilberto léda